quarta-feira, 19 de setembro de 2007

2º Conto - "Encontro Ocasional" (Parte 10)

Viram-se finalmente sozinhos e sem ninguém à vista para os impedir daquilo que sonhavam há alguns dias. Estavam ambos sedentos de desejo e mostraram logo de inicio essa sede porque não se largavam. Madalena pegou-lhe pela mão e conduziu-o de imediato ao seu quarto. Os abraços, as carícias, os beijos, não cessavam e os gemidos dos dois demonstravam que se desejavam mutuamente. Naquele momento Tiago já nem pensava que ela era casada e estava a cometer um erro, queria era desfrutar do momento e uma mulher daquelas não se podia desperdiçar por nada. Fizeram amor horas a fio e acabaram depois por adormecer juntos bem agarradinhos, esgotados. Nem se lembraram do almoço, quando despertaram já eram cerca das 17 horas. Madalena acordou primeiro e viu que não tinha sido um sonho, tinha acontecido realmente. Olhou o relógio e reparou que já estava a meio da tarde. Passou a sua mão pelo rosto de seu companheiro e Tiago abriu o sobrolho vendo Madalena a sorrir para ele.
- Que fome Tiago, tenho o estômago colado às costas – e deu uma valente gargalhada – vamos comer algo à cozinha ou tu não tens fome?
- Nem me fales, depois daquela maratona o que achas? – disse Tiago também acompanhando à gargalhada e espreguiçando-se depois de acordar.
Vestiram somente uns robes que existiam ali já para estes percalços e desceram a escadaria até à cozinha para comer qualquer coisa que havia já sido preparado anteriormente pela empregada. Em todo este tempo que permaneciam juntos não paravam os piropos, os beijinhos e as carícias, entendiam-se às mil maravilhas. Findo este almoço que já era lanche, deslocaram-se para o local da piscina, aconselhado por Madalena, e esticaram-se na relva a apanhar sol, como Deus os deitou a mundo. Era uma propriedade privada e longe de olhares alheios, podiam estar à vontade naquele local que não eram vistos por ninguém. O dia estava muito quente, um sol radioso a convidar a um banho de piscina. A água estava morna e nem esperaram fazer a digestão, desfrutando juntos daquela maravilha. Também brincaram na água sem tabus, pareciam dois adolescente que já se conheciam há imenso tempo. Depois de alguma serenidade nas brincadeiras começaram a clarificar as ideias e Tiago, o mais arredio neste tipo de relações proibidas, ficou mais sério e virou-se para a sua companheira dizendo:
- E agora Madalena, como vai ser daqui para a frente?
- Por mim continuamos a encontrarmo-nos, adorei estar contigo, tu não queres?
- Lógico que quero, mas existe o teu marido!
- E depois? Ele não precisa saber – disse sem rodeios.
- E vai ser sempre assim, tudo às escondidas? Eu quero mais que isso, quero que sejas só minha.
- Vamos dar tempo ao tempo e ver a melhor maneira, não precipitemos as coisas já Tiago, está bem?
Ele concordou e continuaram aquele resto dia juntos sem pensar mais no assunto.
Madalena habituada a já ter outros casos, mais um não fazia diferença, o seu marido nunca precisava saber. Mas com Tiago estava a tornar-se diferente, não era só sexo mas havia mais qualquer coisa que também a fazia querer ficar só com ele, mas não queria precipitar-se, aquele relacionamento era muito recente e tinha que estudar melhor se as coisas continuavam a funcionar bem e para mudar tinha de ser para uma coisa segura, dado no momento, ter tudo o que precisava e abundantemente.

------Trecho escrito por Paula Costa em 19.09.2007 --------(continua)----------

2 comentários:

Anónimo disse...

És uma sonhadora.
Quanto destes contos é uma parte de ti?
Costumas sonhar acordada?
Fantazias ou vives estes momentos?
Estou ancioso pelo final.

o "ignorado"

Mia disse...

Lindissimo conto Paulinha.
Ainda não vi tudo, mas vou ler com toda a atenção que mereces.
Um beijo enorme da sempre amiga, ainda que "desaparecida"
Mia