sexta-feira, 2 de novembro de 2007

2º Conto - "Encontro Ocasional" - (Parte17)

Logo de seguida colocou Madalena a par de tudo e em tom de raiva resmungou:
- Que chatice, vou andar a ser chantageado por ela e se não lhe faço as vontades vai a correr para o teu marido contar tudo, agora eu é que me apetecia matá-la!
- Calma, vamos tentar ganhar tempo para que depois as coisas possam ser contadas sem terceiros a meter-se – disse Madalena.
- Tem de ser mesmo, tenho de lhe fazer ver que obedeço ao que ela pretende, senão não ponhas duvidas de que não fica calada, eu conheço-a muito bem.
- Amanhã chega o meu marido e eu vou sondar se ele sabe algo, se está tudo na mesma ou se está diferente. Depois começamos a pensar como vamos fazer as coisas, tenho de procurar um advogado e saber ao certo todos os meus direitos, pois não quero perder tudo o que conquistei até aqui e tentar tirar o melhor partido do que adquiri.
- Fica combinado, não nos precipitemos – disse Tiago – amanhã quando puderes liga-me a contar tudo e vê lá se consegues dar uma fugidinha para nos vermos, estou cheio de saudades tuas!
- Não te preocupes, eu dou um jeito e amanhã vou estar contigo de certeza! Adoro-te muito, até amanhã meu amor! Mil beijos.
Despediram-se e conseguiram encontrar-se no dia seguinte, chegando à conclusão que estava tudo calmo e nada de novo se havia passado. Afinal Joana tinha-se mantido calada.
Passaram-se três dias e tudo se mantinha calmo, até ter saído uma notícia no jornal relatando a morte de uma mulher, tragicamente abatida a tiro. Tratava-se de Joana.
Tiago mal viu essa notícia mandou uma mensagem a Madalena para que entrasse em contacto consigo mal pudesse. Não quis ligar porque ela poderia não estar sozinha, dado o marido permanecer ainda por casa. Logo de seguida recebeu a chamada dela a perguntar o que é que se passava.
- Leste o jornal de hoje Madalena?
- Não, ainda não tive tempo, mas que aconteceu?
- Vem lá a notícia de que Joana foi assassinada a tiro. Sabes-me dizer alguma coisa sobre isto?
- Eu não sei de nada – disse surpresa – não estás a pensar que fui eu pois não? Também tu falaste em matá-la e eu não desconfio de ti, senão não me estavas a perguntar dessa maneira.
- Claro que não mas é deveras intrigante, temos de falar pessoalmente o mais rápido possível, podemos vir a ser implicados, não sabemos com quem Joana andou a falar e se mencionou os nossos nomes a alguém.
- Sim é melhor, temos de fazer coincidir os nossos depoimentos. Logo ao final do dia passo em tua casa. Beijo amor!
- Beijos, fico à tua espera! – Disse Tiago.

------Trecho escrito por Paula Costa em 02.11.2007 --------(continua)----------

1 comentário:

Anónimo disse...

parabéns!revelas ser uma pessoa com muita imaginação. espero que continues e presentear-nos com os teus contos.

um admirador

atmsolitario