segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Conto 4 - "Um Conto Rimado" - Parte 11


Voltou ao hospital depois das sete,
Passou por enfermeira de bata branca,
Tinha a indicação do quarto num bilhete,
Mas sentia-se como uma saltimbanca.

Conseguiu finalmente ver o seu amor,
Chorou imenso ao vê-lo inanimado,
Estava muito pálido e quase sem cor,
Queria tanto que estivesse acordado.

Pegou na sua mão para lhe dar calor,
Impressionava-a estar todo entubado,
Falava-lhe ao ouvido palavras de amor,
E custava-lhe deixá-lo ali abandonado.

Permaneceu junto dele até poder,
Não se cansava de o acariciar,
Mas o tempo passava a correr,
Teria de ir embora sem ele acordar.

De repente sentiu-o mexer a mão,
Quando na sua houve uma pressão,
Era um sinal de que ouviu sua oração,
E a deixou com esperança no coração.

Foi logo avisar o médico de serviço,
Que satisfeito verificou as melhoras,
Disse-lhe que ela quebrou o feitiço,
Agora era esperar as próximas horas.

Não podia permanecer mais tempo,
Beijou-o apaixonada e foi embora,
Esperançosa por este acontecimento,
E animada por esta grande melhora.

Paula Costa - 24.11.2008...(continua....)

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