quarta-feira, 1 de agosto de 2007

2º Conto - "Encontro Ocasional" (Parte 1)

Tiago, mal acabou o expediente naquele dia cansativo, eram já cerca das 19h de sexta-feira, e sentindo-se com o pé fora da porta, desligou de imediato o telemóvel e dirigiu-se de seguida para o seu automóvel arrancando a toda a velocidade. Começou a sentir-se cada vez mais aliviado à medida que se afastava. Entrou na Auto-Estrada velozmente, como que fugindo do stress da cidade, para se ir refugiar numa pequena Vila de que tinha ouvido falar muito bem e que imaginava que lhe daria uma semana de férias descansada, longe das confusões do trabalho da sua Empresa.
Faltariam cerca de 20 km para o seu destino, quando de repente repara num BMW preto parado com o capôt aberto e a deitar muito fumo na berma da estrada. Mas o que mais lhe saltou à vista foi a dona do alto carrão. Não poderia deixar de tentar ajudar aquela deusa, além de o ter atraído bastante fisicamente, nunca foi de deixar de prestar ajuda quando era necessário e estacionou logo à frente, dirigindo-se cortesmente à senhora que parecia aflita perante tal avaria na sua viatura.
- Boa tarde, posso ajudar em alguma coisa ou já contactou alguém e encontra-se à espera de algum mecânico? – disse Tiago.
- Ainda bem que parou, por acaso aconteceu-me isto mesmo agora, não sei o que hei-de fazer – disse em tom preocupado.
- Bem, deixe-me dar uma espreitadela no motor e ver se há algo em que possa remediar agora – e começou a pesquisar porque seria que deitava tanto fumo, dizendo logo de seguida quando se apercebeu do motivo da avaria – Tenho muita pena mas o seu carro não vai conseguir sair daqui sem a ajuda dum mecânico, está sem óleo e já aqueceu demais.
- E agora? Aqui nesta zona é complicado arranjar um mecânico e ainda por cima fiquei sem bateria no meu telemóvel para poder ligar a alguém.
- Não fique aflita, tudo se arranja e se quiser boleia para alguma povoação mais próxima eu posso muito bem ajudá-la e também lhe posso dispensar o meu telemóvel para que possa contactar alguém, temos de ser uns para os outros – disse Tiago demonstrando a sua simpatia e generosidade.
- O senhor caiu mesmo do céu, se me pudesse fazer mesmo esse favor … eu ia a caminho da Vila que fica aqui a cerca de 20 km e acontece-me isto, que azar.
- Coincidência, eu vou mesmo a caminho dessa Vila, fiz a reserva numa pensão por uma semana, pois falaram-me maravilhas desse local. E já agora, dado que aceita a minha companhia neste pequeno percurso, não me trate por senhor, sou o Tiago – e estendeu-lhe a mão – muito prazer, e a senhora é?
- Bem, falemos então nos mesmos termos, a senhora está no céu – e sorriu simpaticamente – pode tratar-me por Madalena, o prazer é todo meu.
E partiram ambos no Mercedes de Tiago até aquela pequena Vila, destino que ambos tinham optado e que lhes proporcionou aquele encontro ocasional.
------Trecho escrito por Paula Costa em 01.08.2007 --------(continua)----------

2 comentários:

João Cordeiro disse...

Amigas/os!
Por motivos alheios, o meu blogue evaporou-se. Talvez, perdido nas imensas estradas de fibra óptica que percorrem o espaço cibernético.
Estou no entanto a criar este mesmo espaço, para poder estar junto de todos novamente.
Não lamento os “posts” que perdi, mas sim os doces, ternurentos e sentidos comentários que me transmitiram ao longo destes meses.
Os meus textos poderão ser repetidos, as vossas observações ficarão para sempre na minha memória.
Por diversas vezes me foi solicitado a “abertura” do blogue: A Traição do EU.
http://a-traicao-do-eu.blogspot.com/
Tentei entrar nos meandros da poesia da sedução. São outros sonhos que escrevi apenas para mim.
Ficarei como sempre na expectativa da vossa análise terna e objectiva.

Obrigado

O sonhador em full time
http://sonhadoremfulltime.blogspot.com/

Mia disse...

Olá Paulinha
Então esse conto, vai? Estou à espera para ler mais.
Beijinho da amiga Mia